terça-feira, 6 de maio de 2014

Medos,fobias e manias


QUAL A DIFERENÇA?

O que é o medo?
O medo é uma emoção inerente ao ser humano, posto que, sem ele, não reagiríamos a situações de perigo. Defesa natural e necessária, é um alerta, ligado ao instinto de sobrevivência, definido pela sensação de que algo de ruim pode acontecer, seguido de manifestações físicas consequentes dessa impressão.A sensação de medo está associada à amígdala, localizada no cérebro. Sem esta estrutura cerebral, responsável pelas emoções, inexistiria o alarme que nos impede de evitar o perigo e o indivíduo se exporia a situações às quais deveria evitar.ter ou sentir medo, é um estado emocional resultante da consciência de perigo ou de ameaça, sejam estas ameaças reais, quer sejam hipotéticas ou imaginárias. A partir da identificação do sinal de perigo, há uma descarga de adrenalina em nosso corpo, com a conseqüente aceleração cardíaca. É possível que ocorram tremores, transpiração excessiva, taquicardia e maior ou menor percepção do que ocorre ao redor. No grau mais elevado de medo, também chamado neste caso de chamado pavor ou pânico, é possível que ocorram dificuldades respiratórias e palpitações, calafrios, náusea, tontura, calafrio, dor no peito, taquicardia, falta de ar, formigamento, tremores, relaxamentos dos esfincteres, paralisação de membros, alterações de consciência, vômitos e mesmo vertigens ou desmaios.
O problema no entanto, não está em sentir medo. Ao contrário. O medo é uma forma de proteção, um instinto de segunda classe, reprimido socialmente, especialmente em relação as pessoas do sexo masculino, Porem extremamente vital para o ser humano, porque nos prepara para reações, como a fuga ou a luta, quando confrontados em situações críticas. Segundo Freud, sempre haverá duas classes de instintos permanentemente em oposição, ou seja, entre os instintos sexuais em oposição aos instintos do eu e entre os instintos de vida e os instintos de morte.


O que é fobia?
A palavra vem do grego phobia, que significa medo intenso, ou irracional, aversão, hostilidade. O termo fobia, não pode ser traduzido literalmente por medo, haja vista que fobia é um termo amplo, pois envolve sensações outras como a hostilidade e a aversão. Trata-se de um dos transtornos de ansiedade mais comuns e dos mais estudados distúrbios psicológicos. Fobia é um distúrbio emocional, não hereditário, caracterizado como o medo irracional, exagerado e persistente em relação a uma ameaça, objeto ou situação, e que pode vir a comprometer as relações sociais e causar sofrimento àquele que manifesta a doença, tendo em vista que não há controle voluntário da sensação. Pode se manifestar em qualquer idade. A pessoa fóbica tem consciência de que suas reações física e emocional, é exagerada, mas não consegue evitar e nem controlar que os sintomas sejam desencadeados.
A origem da fobia é uma crise de pânico desencadeada em situações específicas, relacionadas com o psicológico, como por exemplo, o medo de água, de multidão, de falar em público ou o medo do escuro, com animais, como o medo específico de cães, gatos, galos, galinhas e pintinhos, ou como cobras e aranhas, com superstições, como ocorre com a fobia da sexta-feira 13 ou relativa a determinados números. Com condições fisiológicas, em virtude de uma maior sensibilidade desenvolvida pelo fóbico, como as fobias a cheiros, sons e luz ou, ainda, com preconceitos e discriminação, como é o caso da homofobia e da xenofobia. Pode ter como causa o vivenciar de uma experiência traumática no passado ou presenciada pelo fóbico. Pode ser igualmente originada a partir de uma fixação, trazida pelos costumes (como é a fobia aos fantasmas, ou ao bicho papão), pelo medo relacionado ao futuro, como por exemplo, a ciberfobia ou por influências culturais (transmitidas pelos amigos, meios de comunicação, costumes socioógicos e etc. Para muitos neurocientistas a causa das fobias estaria relacionada ao aumento do fluxo sanguíneo e maior metabolismo no lado direito do cérebro em pessoas fóbicas. A razão biológica como explicação para as fobias faz sentido, de vez que a sensação do medo relaciona-se com a amígdala cerebral.


Mania. O que é?
A palavra vem do grego mania, e significa loucura. Mania, é o costume obsessivo de se fazer alguma coisa. Geralmente, a pessoa maníaca, apresenta uma elevação anormal e persistente do humor (euforia). A elevação do humor é acompanhada por aumento nos níveis de energia, que resulta em hiperatividade, fala pressionada, e necessidade de sono diminuída. A atenção não consegue ser mantida e há uma frequente distração acentuada. A auto estima é frequentemente aumentada com idéias grandiosas e extrema auto confiança. A perda de inibições sociais pode resultar em um comportamento imprudente, temerário ou inadequado às circunstâncias. Na maior parte dos casos de manias, acontece a repetição exagerada de hábitos, gestos, palavras ou atitudes. Esses hábitos persistentes quando causam prejuízos na vida do indivíduo ou de pessoas próximas em pelo menos duas esferas da vida como por exemplo, profissional, acadêmica, social, familiar ou amorosa, pode se tratar de Transtorno Obsessivo Compulsivo - TOC.
Erradamente a linguagem popular usa a palavra mania para designar hábitos como colecionar algo ou gostar de ouvir ou conversar sobre algo. tais costumes, não sendo prejudicial, não é classificado como transtorno ou manias.
Diante do resumo sobre medo, fobia e mania, creio podermos concluir que concluir que ninguém está imune às fobias. Muito pelo contrário. Convivemos com todas elas, pois o medo, a fobia e as manias, fazem parte de nossas vidas. Assim, todos nós somos fóbicos. Mas, são fobias e medos que se manifestam em determinadas situações. Porem, o limite que separa a normalidade da anormalidade, surge quando a fobia se transforma em um agente limitador, uma barreira para a convivência social, barreira para o trabalho, e constrói muros que impeçam o desenvolvimento pessoal. Sempre será possível vencer uma fobia quando ela se torna crônica. Muitas vezes, o medo, mórbido, pode dissipar-se com o passar do tempo e a compreensão do próprio fóbico, mediante o enfrentamento das situações gatilhos. Porem, noutras situações, será necessário o acompanhamento de um profissional especializado.

(Por Manoel João do Nascimento)

Amor,Luz e Paz

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